Tecnologias para recuperação de ouro fino trazem sobre inovação e sustentabilidade na mineração

Eles abordaram alternativas tecnológicas para otimizar a recuperação de partículas de ouro ultrafinas e reduzir o impacto ambiental da atividade mineradora

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Expominério 2024

Abrindo o ciclo de palestras na 2ª Expominério, o painel “Mineração & Novas Tecnologias para a Recuperação do Ouro Fino”, o engenheiro químico Neilton Tapajós e os professores André e Elenice Silva, da Universidade Federal de Catalão, compartilharam experiências e estratégias voltadas para o uso consciente de tecnologias já existentes e para a substituição de métodos tradicionais de extração.

Eles abordaram alternativas tecnológicas para otimizar a recuperação de partículas de ouro ultrafinas e reduzir o impacto ambiental da atividade mineradora. Conforme Neilton Tapajós, as tecnologias necessárias para a recuperação de ouro fino já existem, mas muitas ainda não são aplicadas de forma eficiente.

Ele destacou que processos como o ore sorting e a concentração gravimétrica são fundamentais para a produção em larga escala, atendendo desde grandes empresas até mineradores artesanais. Já para a recuperação de partículas ultrafinas – ouro com tamanho em torno de 106 microns –, a flotação surge como a tecnologia mais avançada.

“Mostramos como aplicar essas tecnologias e promovemos o esclarecimento técnico sobre o uso eficiente de cada uma delas. O nosso objetivo é que os participantes, especialmente os mineradores de Mato Grosso, entendam como usar essas metodologias de maneira responsável e sustentável”, afirmou Tapajós.

Tapajós também abordou o impacto negativo do mercúrio, ainda utilizado por pequenos mineradores, principalmente artesanais.

“O mercúrio representa riscos significativos para o meio ambiente e para a saúde dos operadores. Alternativas como a cianetação, que, embora considerada perigosa, pode ser controlada e neutralizada ao final do processo, representam opções viáveis para reduzir o impacto do mercúrio. Além disso, há pesquisas em andamento, em parceria com a USP e outros centros de pesquisa, que buscam substituir o mercúrio por compostos orgânicos de origem vegetal, que causam menos danos ambientais”.

Embora a química ainda seja o caminho principal para a obtenção de partículas de ouro, existem avanços em metodologias alternativas que prometem tornar a mineração mais sustentável.

“Estamos em busca de soluções que respeitem o meio ambiente e que diminuam os passivos ambientais deixados pela mineração, e iniciativas como essas parcerias são fundamentais para o futuro da mineração no Brasil”, disse.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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