Painel da Expominério discute central de compras para fortalecer cadeias de fornecedores na mineração

Anderson Resende, responsável pelas operações da Keystone no Brasil, e a advogada Tais Costa, especializada em relações internacionais, lideraram o debate

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Expominério 2024

Em um dos painéis mais aguardados da 2ª Expominério, o tema “Central de Compras e Investimentos” reuniu especialistas para discutir a importância da organização e estruturação de compras conjuntas entre mineradoras. Anderson Resende, responsável pelas operações da Keystone no Brasil, e a advogada Tais Costa, especializada em relações internacionais, lideraram o debate, destacando o impacto de uma central de compras para o crescimento e competitividade do setor.

Para Anderson Resende, a criação de uma central de compras é essencial para otimizar o funcionamento de toda a cadeia de produção da mineração. A ideia, segundo ele, é unir mineradoras de diferentes portes para realizar compras em escala, promovendo padronização e melhoria de qualidade nos insumos e equipamentos usados pelo setor.

“A mineração precisa unir forças, como já acontece há décadas na indústria automobilística. Assim, o setor ganha eficiência e reduz custos ao atrair os melhores fornecedores”, disse Resende, ressaltando a importância de expandir essa prática entre pequenas e médias mineradoras.

Ele explicou que, ao concentrar as demandas em uma central de compras, os fornecedores ganham em escala, o que permite reduzir preços e aumentar a produtividade.

“O fornecedor prefere vender para um grupo de 20 mineradoras em vez de negociar separadamente com cada uma delas. Isso traz economia de escala e alavanca o setor como um todo”, afirmou.

Além disso, a proposta de Resende inclui uma mudança de mentalidade no setor, incentivando a cooperação entre mineradoras para maximizar o lucro e reduzir a competição interna que, segundo ele, acaba sendo contraproducente.

“O ouro é uma commodity internacional, vendida a preço global. Então, o que realmente importa para aumentar o lucro é reduzir custos com uma compra inteligente, e não competir entre si. Essa mudança de consciência visa aumentar os ganhos para todos”.

A Keystone, segundo Resende, tem liderado essa iniciativa devido à sua experiência com inteligência de compras em outros setores. A empresa, que atua em mercados globais, reuniu uma equipe de profissionais experientes para aplicar essas práticas ao setor de mineração, promovendo a formação e capacitação de especialistas em inteligência de compras.

“A Keystone me trouxe justamente por essa experiência, para implementar essa alta performance e consolidar esse modelo na mineração”, destacou.

O painel gerou discussões entre os participantes, que reconheceram a relevância de iniciativas como essa para transformar a mineração em um setor mais competitivo e sustentável no Brasil. A união das mineradoras em um sistema centralizado de compras é vista como uma estratégia que pode levar a indústria a um novo patamar, oferecendo um “choque elétrico” na visão tradicional e estimulando a modernização do setor.

Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação de hoje até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras d cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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