Tecnologias para descontaminação de mercúrio em áreas degradadas são apresentadas em painel

No painel “Mineração na Amazônia e Restauração Ambiental” foram apresentadas soluções tecnológicas e modelos de gestão

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Expominério 2024

A Expominério 2024 foi palco de discussões que evidenciam uma nova perspectiva para a mineração sustentável e responsável no Brasil, especialmente na região amazônica. No painel “Mineração na Amazônia e Restauração Ambiental” foram apresentadas soluções tecnológicas e modelos de gestão focados em uma atividade minerária que respeite o meio ambiente e incentive a regularização dos garimpos.

O géologo e diretor técnico da GEOS, Tadeu Veiga, lidera uma equipe que busca implementar uma tecnologia inovadora da empresa Goldtech para descontaminação de áreas degradadas pelo uso de mercúrio, além de um processamento mais seguro e controlado de minérios. Ele explicou que a tecnologia visa remover mercúrio de rejeitos de garimpo, recuperando, ao mesmo tempo, o ouro perdido nesses processos.

“Estamos realizando operações demonstrativas no velho garimpo de Lourenço, no Amapá, com o apoio do governo estadual, em Vila Nova, também no Amapá, além de Novo Progresso, no Pará. A ideia é permitir que cooperativas de garimpeiros se tornem agentes dessa transformação ambiental, capacitando-os para a descontaminação dos próprios locais onde atuam e promovendo uma mineração mais segura e sustentável”.

A tecnologia apresentada despertou o interesse de mineradores que lotaram o estande da empresa para tirar dúvidas a respeito. Para ele, a Expominério trouxe impacto positivo para o setor.

“A demanda por essas soluções é impressionante e a feira nos permite compartilhar essa tecnologia com um público que entende a importância de uma mineração ambientalmente correta”, comentou.

Também presente no painel, o engenheiro florestal e coordenador Geoconsult no Pará, Guilherme Aggens trouxe uma análise das dificuldades e conquistas na região do Tapajós, no Pará, um dos principais polos de mineração na Amazônia, mas que ainda enfrenta entraves para a legalização dos garimpos.

Inspirado pelos avanços em Mato Grosso, Aggens observou que, embora a mineração no Pará tenha potencial significativo, desafios como o difícil acesso, as extensas reservas ambientais e a falta de infraestrutura tornam a regularização mais complexa.

“O Pará é como o Mato Grosso de 20 anos atrás, com uma legislação mineral única para todo o país, mas exigências ambientais que variam de estado para estado. Nos últimos dois anos, a dificuldade de comercializar ouro legalmente no Pará levou alguns produtores a buscar inspiração nos modelos de legalização do Mato Grosso, como o da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe). O que se faz aqui no Mato Grosso pode ser replicado no Pará, mesmo com todas as dificuldades”, disse.

Também participou do painel, o biólogo da Coogavepe, André Zampieri.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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