Integração sustentável entre mineração e agronegócio fortalece os dois setores econômicos

As similaridades entre o agro e o setor mineral foram abordadas no painel “Mineração e Agronegócio”, no segundo dia da 2ª Expominério

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Expominério 2024

A interdependência entre os setores de mineração e agronegócio em Mato Grosso, um dos estados com maior produção de commodities no Brasil, pode favorecer os dois setores econômicos em Mato Grosso. As similaridades entre o agro e o setor mineral foram abordadas no painel “Mineração e Agronegócio”, no segundo dia da 2ª Expominério.

Um dos painelistas, o professor aposentado da UFMT e empresário da mineração, Francisco Pinho, a conexão entre agronegócio e mineração é fundamental para garantir a produtividade sustentável. Ele destacou que ambos os setores têm um relacionamento simbiótico no estado.

“Mato Grosso precisa aumentar a produtividade de forma sustentável, e a única forma de fazer isso é unir o agronegócio à mineração. A mineração precisa ampliar a atuação para além dos metais preciosos, como ouro e diamante, investindo também em insumos para a agricultura. A substituição de fertilizantes químicos por minerais extraídos localmente não só traria benefícios ambientais, mas também reduziria a dependência de insumos importados, melhorando a balança comercial do Brasil. Precisamos de políticas governamentais para incentivar a produção de insumos agrícolas através da mineração local”.

A advogada e uma das organizadoras da Expominério, Pamela Alegria, também apontou que a interação entre os setores é essencial para práticas ambientais mais sustentáveis. Segundo ela, tanto o agronegócio quanto a mineração precisam trabalhar juntos para garantir a preservação e recuperação dos recursos naturais.

“Quando se minera, há uma obrigação de recompor o meio ambiente. E é aí que o agro entra, ajudando a fazer essa preservação de forma mais sustentável”, explicou Pâmela.

Ela também reforçou a importância de que os dois setores, que representam os maiores PIBs de Mato Grosso, sejam tratados como iguais em termos de apoio e políticas públicas. Segundo ela, a Expominério tem sido um palco para desmistificar a mineração e apresentar seu valor econômico e ambiental.

“Queremos colaborar para que o setor mineral seja reconhecido e respeitado por sua relevância”, disse.

O terceiro painelista, o mestre em Direito Ambiental, Werner Grau, abordou a integração entre mineração e agronegócio do ponto de vista jurídico. Ele destacou que, embora o agronegócio tenha um impacto econômico significativamente maior, a mineração é essencial para a produção de minerais críticos necessários ao enriquecimento do solo agrícola.

“A integração entre agro e mineração vai além do solo e subsolo, é um relacionamento interdependente. Essa parceria pode criar um modelo de desenvolvimento sustentável para Mato Grosso, onde as atividades agrícolas e mineradoras convivem de maneira harmoniosa. A mineração contribui com recursos que são vitais para o agronegócio, e o agro se beneficia desses minerais para manter a produtividade. Precisamos criar um ambiente legal e econômico que permita essa interação de forma equilibrada”, concluiu.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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